As oportunidades e a importância dos estágios.
Por Danielle Chagas
No início da graduação, muitos de nós ficamos perdidos, ainda sem saber qual área seguir, qual caminho escolher e como buscar as oportunidades. As disciplinas, trabalhos e toda a graduação consomem demais o nosso tempo, são cobranças dentro e fora da faculdade, e então, para alguns, surgem os medos, insegurança e vontade de desistir.
A Medicina Veterinária possui várias áreas de atuação e as vezes não nos permitimos explorá-las, deixando passar algumas oportunidades de estágio por não ser “a nossa área”, sendo esse um erro muito comum entre nós acadêmicos. Os estágios são muito importantes, independente da área, pois agregam aprendizado, nos fazem perceber que nossa formação vai além das aulas e nos motivam. É lá que nos descobrimos, e quando nos identificamos com uma área, temos a certeza que estamos no caminho certo.
Tive a oportunidade de conhecer e estagiar na FMA e fiquei encantada com o mundo da conservação, com os trabalhos que são desenvolvidos pela instituição, visando sempre a sustentabilidade socioambiental, com o envolvimento da equipe, a vontade que as pessoas tem de lutar por uma causa. A Fundação me mostrou o quão gratificante é trabalhar nessa área, mas ao mesmo tempo, o quão desafiador pode ser.
Ao vivenciar essa experiência, adquiri conhecimento não só na área de reabilitação de animais marinhos, mas também sobre como nossas ações impactam o meio ambiente e o que podemos fazer para mudar isso. Aprendi a transmitir esse conhecimento para a comunidade, em atividades de educação ambiental, e mesmo que muitos estudantes de veterinária subestimem essa área, por não lidar diretamente com o animal, pude ver o quanto meu trabalho era importante, quantas sementinhas eu conseguia plantar em cada pessoa que eu conversava e isso era motivador demais. Ademais, ressalto o quão agregador foi fazer parte de uma instituição, a qual está inserida na área de pesquisa científica, fazendo total diferença ao longo da minha vida acadêmica e abrindo meus horizontes.
Hoje percebo o quanto aprendi e contribuí com os esforços na conservação da biodiversidade marinha, mas além de todo crescimento profissional, percebo o quanto cresci pessoalmente. São experiências como estas que mudam nossas vidas! Portanto, não devemos nos fechar para as oportunidades, elas podem nos surpreender positivamente e auxiliar sobre o que queremos ser futuramente, onde queremos estar inseridos, e qual será o rumo da nossa carreira profissional.
Fotos: Acervo FMA; Bruno Almeida/Acervo FMA; Acervo Pessoal da Autora