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FMA amplia monitoramento da qualidade da água em rios da Mata Atlântica

14/11/2025        
FMA amplia monitoramento da qualidade da água em rios da Mata Atlântica

A Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) ampliou sua participação no projeto "Observando os Rios", coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica, que monitora a qualidade da água em rios do bioma Mata Atlântica. A partir de 2024, além dos rios Mamanguape (PB) e Vaza-Barris (SE), a FMA passou a monitorar também o rio Itapemirim (ES), expandindo sua área de atuação na conservação dos recursos hídricos.

Desde 2015, a FMA colabora com esta iniciativa que mobiliza voluntários em 17 estados para avaliar as condições dos corpos d'água em suas comunidades. O trabalho utiliza metodologia padronizada com kits de análise que medem parâmetros físicos, químicos e biológicos, compondo o Índice de Qualidade da Água (IQA).

O monitoramento avalia diversos aspectos fundamentais para compreender a saúde dos ecossistemas aquáticos. Entre os parâmetros físicos estão temperatura da água e do ambiente, turbidez, presença de espumas, lixo flutuante e odor. Os indicadores químicos incluem coliformes totais, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), pH, fosfato e nitrato. Já a avaliação biológica considera a presença de organismos aquáticos como peixes, larvas e diferentes tipos de vermes.



"O estudo desses parâmetros é fundamental para compreender o equilíbrio ecológico dos ecossistemas aquáticos", explica Danielle Lima, bióloga e coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Conhecimento da FMA. "Os indicadores biológicos funcionam como bioindicadores da qualidade ambiental, refletindo de forma integrada os impactos das alterações físicas e químicas da água ao longo do tempo."

O relatório de 2024, lançado em março de 2025, revelou uma estagnação na qualidade da água dos rios monitorados da Mata Atlântica, sem avanços significativos. Das 1.160 análises realizadas em 145 pontos de coleta, distribuídos em 112 rios de 67 municípios em 14 estados, apenas 7,6% dos pontos apresentaram qualidade boa. A maioria (75,2%) ficou na categoria regular, enquanto 13,8% foram classificados como ruins e 3,4% atingiram a pior classificação (péssima).

Resultados regionais da FMA

Os pontos monitorados pela FMA apresentaram resultados distintos, refletindo as características ambientais e condições de uso do solo de cada região:
Paraíba (foz do rio Mamanguape): apresentou boa qualidade da água na maioria dos meses analisados, demonstrando condições favoráveis para o ecossistema local.

Sergipe (foz do rio Vaza-Barris): os resultados indicaram qualidade regular, com melhores índices registrados entre maio e agosto.
Espírito Santo (foz do rio Itapemirim): a qualidade da água foi classificada como regular neste primeiro ano de monitoramento.


Todos os dados coletados pelos colaboradores são inseridos na plataforma do projeto "Observando os Rios" e organizados em um relatório técnico anual de acesso público. As informações subsidiam a publicação "O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica", que reúne e analisa os resultados do monitoramento.

"Os resultados obtidos reforçam a importância do acompanhamento contínuo para detectar possíveis alterações ao longo do tempo e subsidiar ações de conservação e gestão sustentável dos recursos hídricos", destaca Iara Medeiros, ecóloga e coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental e Desenvolvimento Comunitário da FMA.

A ampliação do monitoramento representa um passo importante no compromisso da FMA com a conservação ambiental e a sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos no bioma Mata Atlântica.

Para mais informações, acesse o Relatório Observando os Rios 2025 em: Relatórios e Balanços | SOS Mata Atlântica


 ASCOM FMA

 

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