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33 anos de FMA: A história através dos anos

20/12/2022        

Institucional

Há 33 anos, a Fundação Mamíferos Aquáticos vem lutando pelo bem-estar e pela conservação da vida marinha. Comprometida com o meio ambiente, a instituição construiu uma história repleta de acontecimentos marcantes e que contribuíram para que a FMA se transformasse no que é hoje. Leia o texto e conheça a história através do tempo!

Um Breve histórico

No dia 30 de novembro de 2022, a Fundação Mamíferos Aquáticos completou 33 anos de existência. A instituição carrega uma história de comprometimento, amor pela causa e verdadeira dedicação à conservação da vida marinha. Aproveitamos o aniversário da FMA para trazer um breve histórico da Fundação para todos que nos acompanham por aqui.

A Fundação Mamíferos Aquáticos nasceu da necessidade de promover ações de conservação do peixe-boi-marinho (Trichechus manatus). Mas sua história começa bem antes de ser batizada como tal. Em 1980, foi criado o projeto Peixe-boi, pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF).

O idealizador do projeto foi o Oceanólogo Catuetê de Albuquerque, que realizou um diagnóstico que visava saber o status de conservação desses animais, com o objetivo de propor ações que beneficiassem e protegessem a espécie.

Com a morte precoce de Catuetê, que ocorreu em 1987, o Projeto Peixe-Boi passou por um redirecionamento de suas atividades, que culminou na criação da Fundação Mamíferos Marinhos (FMM), em novembro de 1989, na Barra de Mamanguape, município de Rio Tinto, no Estado da Paraíba.

Uma das primeiras ações da FMM, foi seu apoio a criação de uma Unidade de Conservação, a Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, pois esta era uma das principais áreas de ocorrência e reprodução do peixe-boi-marinho.

Desde aquela época, o estado de conservação de T. manatus já era preocupante; sendo atualmente considerado ameaçado de extinção e categorizado como vulnerável – VU pela IUCN e Criticamente em Perigo – CR no Brasil.

No ano de 2001, a FMM foi transformada em Fundação Mamíferos Aquáticos, uma instituição sem fins lucrativos, de caráter filantrópico, cujo principal objetivo é promover a conservação de mamíferos aquáticos e seus habitats, visando a sustentabilidade socioambiental.

 

Filhote órfão Artur, recebendo os primeiros atendimentos após o resgate em 2003 Fonte: Acervo FMA.

Filhote órfão Artur, recebendo os primeiros atendimentos após o resgate em 2003 Fonte: Acervo FMA.

Inicialmente a FMA trabalhou em conjunto com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis/IBAMA, por meio do Projeto Peixe-Boi/IBAMA-FMM. O projeto desenvolvido nessa parceria foi transformado no Centro Peixe-Boi, e devido a expansão de sua área de atuação, em 1998, passou a ser conhecido como Centro Nacional de Pesquisa Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos/IBAMA (CMA/IBAMA).

Em 2007, o CMA/IBAMA passou a ser executado pelo então criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esta parceria permaneceu até 2010, quando o Acordo de Cooperação Técnica entre a FMA e o CMA/ICMBio foi descontinuado.

Base da FMA - Unidade da Barra de Mamanguape, Rio Tinto/PB. Foto: Acervo FMA.

Base da FMA - Unidade da Barra de Mamanguape, Rio Tinto/PB. Foto: Acervo FMA.


As atividades ao longo do tempo

Desde sua fundação, a FMA desenvolve diferentes ações que impactam de maneira positiva tanto o meio ambiente quanto as comunidades onde suas bases estão localizadas. A evolução das atividades são percebidas por meio de diferentes fatos que marcaram a história da instituição através dos anos.

No Blog de hoje, compilamos algumas histórias e trazemos a todos alguns marcos importantes para a FMA:

O Início das parcerias

Em 1991, quando ainda era Fundação Mamíferos Marinhos, a instituição por meio do Projeto Peixe-Boi/IBAMA-FMM estabeleceu o início de uma rede de colaboradores com maior suporte para resgate dos animais, proporcionando maior visibilidade ao Projeto.

Neste mesmo ano, teve início o Projeto Igarakuê, o qual percorreu o litoral norte e nordeste do Brasil, diagnosticando o status de conservação do peixe-boi-marinho, por meio de entrevistas e campanhas com as comunidades ribeirinhas e litorâneas.

Ainda em 1991, o Projeto conseguiu a captação do primeiro recurso financeiro, e dois anos depois (1993) iniciou o monitoramento para identificação da população de peixes-bois-marinhos no estado de Alagoas.

Filhote em reabilitação na Barra de Mamanguape. Fonte Acervo FMA.

Filhote em reabilitação na Barra de Mamanguape. Fonte Acervo FMA.

A Criação da Oficina Peixe-Boi & Cia.

A Fundação Mamíferos Aquáticos, além de se preocupar com a conservação da vida marinha, sempre abordou questões essenciais do ponto de vista social. Dentre os valores da instituição, a preocupação com o combate à desigualdade social e de gênero, são primordiais.

Pensando nisso, em 1994, objetivando a valorização da mulher, foi criada a Oficina Peixe-Boi & Cia. na Barra de Mamanguape, com apoio financeiro da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

  Costureiras da comunidade da Barra do Mamanguape trabalhando na Oficina Peixe-boi & Cia. Foto: Acervo FMA.

Costureiras da comunidade da Barra do Mamanguape trabalhando na Oficina Peixe-boi & Cia. Foto: Acervo FMA.

Desde o início, essa iniciativa tem o propósito de promover a inclusão e geração de renda para mulheres a partir do desenvolvimento de habilidades artesanais, por meio da produção de bonecos de pelúcia alusivos aos mamíferos aquáticos.

A Oficina Peixe-boi & Cia. segue desenvolvendo seus trabalhos, pautados na sustentabilidade e desenvolvimento social.

Oficina Peixe-boi & Cia. nos dias atuais. Foto: Edson Acioli/Acervo FMA.

Oficina Peixe-boi & Cia. nos dias atuais. Foto: Edson Acioli/Acervo FMA.

Instituições que trabalham juntas em prol da conservação

A partir de 1995, a parceria estratégica entre IBAMA e FMA foi reforçada a partir da assinatura do primeiro Acordo de Cooperação Técnica entre as duas instituições.

A causa conservacionista e a política ambiental brasileira, ganharam assim, um reforço simbólico, visualizado pela parceria entre o Estado, representado pelo IBAMA e a Sociedade Civil Organizada, neste caso, representada pela FMA.

No caminho para autonomia

A Fundação continuou seu caminho evolutivo e entre os anos de 1996 e 1997, assumiu um novo perfil marcado principalmente pelo formato administrativo. Esse marco foi muito importante para a história da FMA, pois simbolizou o início de sua busca pela autonomia e independência de ações de interesse da instituição.

Em 1997, a FMA firmou o primeiro contrato de Patrocínio Oficial para o Projeto Peixe-Boi/IBAMA-FMA com a Petrobras.
O início deste Patrocínio possibilitou que o Projeto Peixe-Boi ampliasse suas metas de conservação e de divulgação dos seus resultados para a sociedade, dando um retorno a população sobre a forma como os recursos investidos pelo Estado estavam sendo aplicados na causa ambiental.

Juntamente a isso, promoviam a divulgação da importância da conservação do Peixe-Boi e seus hábitats.

No final da década de 90, a instituição firmou convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para desenvolver o Projeto Recifes Costeiros. Ao mesmo tempo, a Fundação estabeleceu uma maior aproximação com o Ministério Público participando da Curadoria das Fundações, garantindo a transparência de suas ações.

Em 1999, aconteceu a reformulação do estatuto da FMA, a modificação da sua razão social e a instituição do Conselho Diretor e Fiscal.

Ampliando horizontes

Em 2000, a FMA buscou ampliar seu leque de atuação, apoiando mais diretamente outras ações desenvolvidas pelo CMA/Ibama como o Projeto Peixe-Boi Amazônico e a Rede de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Nordeste - REMANE.

Abrangendo o litoral nordeste, a rede é composta por 10 instituições com atuação em resgates, reabilitações, manejos e/ou coletas de informações e material biológico oriundos de mamíferos aquáticos, visando ampliar o conhecimento das espécies no Brasil.

Biometria de filhote órfão de peixe-boi-marinho resgatado. Foto: Acervo FMA.

Biometria de filhote órfão de peixe-boi-marinho resgatado. Foto: Acervo FMA.

Com apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e em parceria com o CMA/IBAMA, a FMA realizou o primeiro diagnóstico de status de conservação do peixe-boi-amazônico (Trichechus inunguis) em aproximadamente 6.000 km de rio, no estado do Amazonas.

Ainda em 2000, foi iniciado o processo de implantação do Eco-Parque Peixe-Boi & Cia, juntamente com a profissionalização e ampliação das atividades da Eco-Oficina Peixe-Boi, atual Oficina Peixe-boi & Cia., desenvolvida na comunidade da Barra de Mamanguape/PB. Em 2001 o Conselho Fiscal foi instituído e o Eco-Parque Peixe-Boi & Cia., inaugurado.

Em 2002, a FMA, o CMA/IBAMA e o Conselho Nacional de Seringueiros estabeleceram um Acordo de Cooperação Técnica dando continuidade ao levantamento do status de conservação do peixe-boi-amazônico.

Em novembro do mesmo ano, a Fundação Mamíferos Aquáticos realizou o I Workshop para Planejamento Estratégico, com o objetivo de avaliar sua atuação perante a sociedade e as políticas ambientais executadas, além de se preparar para possíveis desafios apresentados pelo cenário político mundial no que diz respeito à conservação ambiental.

Em 2004, a Fundação inaugurou nas estruturas do CMA/IBAMA o complexo Eco Parque, composto por uma loja, lanchonete, cinema temático, onde eram ministradas palestras educativas e exibidos filmes com temas relacionados ao meio ambiente.

No ano de 2007, o Ministério do Meio Ambiente promoveu uma reestruturação do IBAMA e foi então criado o famoso Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Devido a novidade, o CMA passou a ser responsabilidade do recém-criado ICMBio e sofreu diversas mudanças internas, em sua chefia e na ampliação do quadro de analistas.

Este novo cenário desencadeou algumas mudanças na relação entre a FMA e o CMA, que passou a necessitar de uma atenção especial a partir daquele ano.

No ano seguinte, foi desenvolvido o primeiro plano de ação específico para a Fundação, uma vez que todos os planejamentos operacionais estavam atrelados à gestão em parceria com o CMA/IBAMA.

Pouco tempo depois, tiveram início as ações destinadas à implementação da área de desenvolvimento tecnológico voltado para o monitoramento remoto de animais marinhos,que inicialmente se deu por meio da parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, e posteriormente passou a ser desenvolvida com o apoio da empresa Nortronic.

Os projetos desenvolvidos na época, surgiram com a intenção prioritária de criar transmissores que pudessem ser monitorados via satélite, possibilitando aos profissionais supervisionar os peixes-bois-marinhos. Com a maturidade adquirida ao longo dos anos, as ações foram ampliadas para a concepção de novos modelos tecnológicos, como por exemplo o uso dos transmissores IoT (Internet das Coisas).

Monitoramento de peixe-boi-marinho. Foto: Acervo FMA.

Monitoramento de peixe-boi-marinho. Foto: Acervo FMA.

Ao longo dos seus primeiros 20 anos, a FMA sempre agiu em conjunto com o Centro de Mamíferos Aquáticos/ICMBio, antigo Centro Peixe-boi-IBAMA. Entretanto, por conta das mudanças citadas anteriormente, em 2009 houve a perda desse importante parceiro e o encerramento do Eco Parque, com consequente fechamento da loja, oficina e cinema.

Na época, essas eram as principais fontes de captação de recursos direta da FMA. Em abril de 2010, houve a formalização do cancelamento do Acordo de Cooperação Técnica entre FMA e CMA/ICMBio, encerrando de vez a parceria.

Em meados 2010, em decorrência das tensões estabelecidas e frente aos desafios estruturais que a FMA passou, a Petrobras optou por suspender temporariamente o patrocínio do Projeto Peixe-boi, até que a instituição tivesse sua estrutura reorganizada. O que compreendeu a mais um desafio a ser enfrentado naquele período.

Mudanças que geraram movimento

Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas na época, em 2010, a FMA também estabeleceu uma parceria enriquecedora com a Universidade Federal de Pernambuco, Universidade do Rio Grande e Instituto Ilha do Caju Ecodesenvolvimento e Pesquisa. Juntas as instituições realizaram um relevante projeto de pesquisa, denominado: Estimativa populacional e distribuição de peixe-boi-marinho.

Esta iniciativa compreendeu o primeiro censo aéreo realizado no nordeste do Brasil, o qual apontou uma estimativa em torno de 1.000 animais na região nordeste.

A partir de 2010, mudanças significativas foram implementadas na Fundação Mamíferos Aquáticos, a começar pela criação, logo no mês de março, do Núcleo de Estudos dos Efeitos Antropogênicos nos Recursos Marinhos (NEARM), com o intuito de melhor compreender os impactos das atividades humanas no habitat de mamíferos aquáticos.

Este núcleo encontra-se sediado no Hospital Veterinário Dr. Vicente Borelli, a partir de um convênio firmado com a Faculdade Pio Décimo, no Estado de Sergipe, local que possibilitou a instalação da base administrativa, do setor de necropsia e da curadoria.

A Governança institucional também sofreu alterações, a gestão institucional que até 2012 era centralizada na figura do Diretor-Presidente, foi sofrendo mudanças de cultura de gestão institucional até chegar no formato atual, onde o gerenciamento institucional é realizado de forma participativa por todos os integrantes da Diretoria Executiva apoiada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal.

Ainda no início de 2010, teve início a execução do Programa Regional de Monitoramento de Encalhes e Anormalidades na Área de Abrangência da Bacia Sergipe-Alagoas (PRMEA), atendendo às condicionantes estabelecidas pela Coordenação Geral de Petróleo e Gás do IBAMA, a Petrobras.

A FMA executou o PRMEA em parceria com o Projeto Tamar/ICMBio de 2010 até 2015, e de 2016 a 2019 em parceria com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP. Por meio da realização deste Programa, a Fundação ampliou suas atividades e estruturas, começou a atuar no resgate, reabilitação e soltura de aves e tartarugas-marinhas nos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas, com a abertura de bases de apoio nos três estados.

Soltura e reintrodução de tartaruga-marinha. Foto: Acervo FMA.

Soltura e reintrodução de tartaruga-marinha. Foto: Acervo FMA.


Ao longo daquele ano, em parceria com a Sea Mammal Reasearch Unit – SMRULTD, a FMA realizou o Workshop Programas de Monitoramento na Mitigação dos Efeitos Antropogênicos, que ocorreu em paralelo a XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul e Congresso da Sociedade Latino-americana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos.

No mesmo ano a instituição construiu a proposta “Conservação da Biodiversidade Marinha – Biomar”, executada por outros projetos de conservação (Projeto Baleia-Jubarte, Projeto Tamar, Projeto Golfinho Rotador e Projeto Baleia Franca) com o patrocínio da Petrobras. Além dos demais fóruns ambientais desenvolvidos pela Fundação, houve participação ativa na Reserva da Vida Silvestre Peixe-Boi. (Alguma dúvida de que 2010 foi um ano intenso para a FMA?).

Em 2013, após período de tratativa com a Petrobras, a Fundação celebrou o contrato de patrocínio do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho, retomando a parceria com a empresa, em prol das ações de conservação dos peixes-bois-marinhos.

A partir de então, outros contratos foram firmados e outros convênios consolidados. Atualmente, a Petrobras segue sendo uma importante empresa parceira e apoiadora da FMA.

Em novembro de 2015, outra conquista que abrilhanta a história da instituição foi atingida: a inauguração da Biblioteca Manatus, na Comunidade de Coqueiros. litoral norte da Bahia.

A biblioteca foi criada a partir da arrecadação de um acervo de 100 livros doados, e seu principal objetivo era possibilitar o acesso à literatura/leitura às crianças da pequena comunidade. Essa semente começou a dar frutos lindos, e as crianças de Coqueiros passaram a se interessar cada vez mais pela leitura.

Atraindo cada vez mais usuários, a Biblioteca teve grande impacto positivo sobre as crianças da comunidade, transformando suas rotinas.

Biblioteca Manatus. Foto: Acervo FMA.Biblioteca Manatus. Foto: Acervo FMA.

 

O espaço, possibilita que as crianças tenham acesso ao conhecimento, a cultura e também proporciona um ambiente de amizade e troca.

Em janeiro de 2022, houve uma nova campanha de arrecadação de livros, que desta vez foi amadrinhada pela escritora Marcela Franca. Nesta campanha foi arrecadado mais de 1000 exemplares de livros infantis, viabilizando a substituição do acervo da Biblioteca de Coqueiro e a montagem de mais duas outras Bibliotecas Manatus, uma localizada na Chácara Anjo Gabriel, em Sergipe e outra que ainda será implementada na Barra de Mamanguape/PB em 2023.

E já que citamos a Chácara Anjo Gabriel, vamos falar um pouquinho dessa área. Em agosto de 2018, a FMA adquiriu a chácara, que possui 2.200 m2 e está localizada na região metropolitana de Aracaju/SE.

Lá, foi construído o Centro de Resgate, Reabilitação e Despetrolização de Fauna Silvestre, que foi inaugurado em outubro de 2019 (ano em que aconteceu o desastre ambiental considerado um dos maiores vazamentos de óleo na costa brasileira).

Mediante ao intenso impacto deste vazamento e as consequências diretas para diversas espécies aquáticas, o Centro (considerado uma das melhores estruturas desta natureza no Brasil), foi responsável pelo processo de despetrolização, reabilitação de soltura da maioria da fauna oleada durante o ocorrido.

Ainda em 2019, foi adquirido um imóvel para abrigar a base da FMA na Barra de Mamanguape/PB, também com uma grande área, com 2.200 m2. Neste espaço, no ano de 2022 foi dado início a construção do Centro de Reabilitação da FMA/PB, com previsão de inauguração no primeiro semestre de 2023. Incrível, não é mesmo?

Estas duas aquisições proporcionaram para a Fundação, autonomia e independência em relação às suas estruturas físicas de base e atendimento da fauna, que antes estavam diretamente atreladas a parceiros ou mesmo, que dependiam da existência de projetos vigentes para a viabilização da locação das bases.

A FMA nasceu para dar o suporte necessário ao Governo Brasileiro na execução de um dos seus projetos prioritários voltados para a conservação de espécies ameaçadas, no caso o Projeto Peixe-Boi, mas ao longo de sua trajetória a Fundação ganhou outra perspectiva.

A instituição foi ampliando o seu escopo de atuação, contribuindo para ações de pesquisa e conservação de outros grupos animais, e passou a atuar em diferentes espaços territoriais. Atualmente, mediante ao seu histórico e reconhecimento em âmbito nacional e internacional, a FMA apresenta papel de destaque nas ações de conservação marinha, desenvolvimento tecnológico, sensibilização ambiental, promoção de alternativas de emprego e rendas nas comunidades onde possui atuação, contribuindo ainda com a formulação de políticas públicas.

Em 33 anos, a FMA vivenciou grandes acontecimentos e vem deixando sua marca ao longo de sua história.

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