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Filhote da peixe-boi “Mel” tem nome escolhido em campanha

25/04/2023        

Notícias
Filhote da peixe-boi “Mel” tem nome escolhido em campanha

Agora o filhote da peixe-boi “Mel”, famosa no litoral norte da Paraíba, sobretudo na região de Cabedelo, já tem nome. É “Favo” , uma referência ao nome da mãe, no caso “Favo de Mel”. O nome foi escolhido por meio da campanha digital “Ajude a escolher o nome do filhote de Mel”. De 13 e 31 de março, o público votou nas enquetes disponíveis nos stories do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho e Fundação Mamíferos Aquáticos para escolher o nome deste que é o primeiro filhote proveniente de uma fêmea reintroduzida na Paraíba. Dentre os nomes para votação estavam “Favo”, “Rapadura”, “Irapuã” e “Porã”. Foram quase 2.500 votos. E o grande campeão foi “Favo”, com 1.073 votos.

O nascimento do filhote de “Mel” é uma notícia muito animadora e que vem ratificar a importância de anos de pesquisa e trabalho pela conservação do peixe-boi-marinho no país, sendo um dos principais indicadores de sucesso do Programa de Reintrodução da espécie no Brasil. O litoral da Paraíba é um dos poucos lugares em território nacional onde é possível avistar peixes-bois-marinhos em ambiente natural, tanto nativos quanto aqueles que foram reabilitados e posteriormente soltos. Os pesquisadores pedem atenção redobrada e colaboração da população para proteger “Mel” e seu filhote “Favo”. Atenção para as orientações: Ao encontrar os peixes-bois-marinhos, apenas admire de longe; não toque, não alimente e nem forneça bebida. O melhor a fazer é manter distância, respeitando a área de uso dos animais, e apenas admirá-los de longe. Se perceber que um peixe-boi está em perigo, machucado ou encalhado, entre em contato com o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho pelos telefones: (83) 99961-1338/ (83) 99961- 1352 (whatsapp).

Aos condutores de embarcações motorizadas (barcos, lanchas, jet skis e afins), o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho alerta: Antes de acionar o motor, olhe ao redor e verifique se tem peixe-boi marinho próximo. A hélice em movimento pode machucar e matar o animal. Só ligue o motor se tiver certeza que o animal não está por perto; Se estiver navegando e avistar o animal nas proximidades, reduza a velocidade ou desligue o motor para evitar colisões e atropelamentos.
Sobre “Mel” - Foi encontrada encalhada ainda filhote na praia de Ponta Grossa, em Icapuí (CE), em 2004, sendo logo em seguida transferida para o Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, localizado na Ilha de Itamaracá (PE), onde permaneceu por cinco anos em processo de reabilitação. Em 2008, “Mel” foi transferida para o cativeiro de readaptação em ambiente natural localizado na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape (PB) e, em março de 2009, quando apta, foi solta do estuário da região, onde permaneceu por muitos anos. Em 2019, “Mel” se deslocou para o litoral de Cabedelo, e desde então está vivendo nesta região. Entre novembro e dezembro de 2021 foi vista na praia do Bessa em comportamento de acasalamento. E, para alegria de todos, no dia 24 de dezembro de 2022, durante monitoramento no litoral de Cabedelo, as equipes do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho e da APA da Barra do Rio Mamanguape avistaram “Mel” com o seu filhote. Um verdadeiro presente de Natal. Todos estes esforços em prol da conservação de “Mel” ocorreram de maneira integrada mediante a colaboração do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho/Fundação Mamíferos Aquáticos, APA da Barra do Rio Mamanguape/ICMBio, Arie Manguezais da Foz do Rio Mamanguape/ICMBio e o Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio.

O Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho – realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos em parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental – é uma estratégia de conservação e pesquisa para evitar a extinção da espécie no Nordeste do Brasil. Atua nas áreas de pesquisa, tecnologia de monitoramento via satélite, manejo, educação ambiental, desenvolvimento comunitário, fomento ao turismo eco pedagógico e políticas públicas. Conta com o apoio da APA da Barra do Rio Mamanguape/ICMBio, Arie Manguezais da Foz do Rio Mamanguape/ICMBio e do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Monitoramento Ambiental da Universidade Federal da Paraíba (PPGEMA - UFPB).

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