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Campanha: Ajude a escolher o nome do filhote da peixe-boi “Mel”

16/03/2023        

Notícias

“Mel”, uma fêmea de peixe-boi-marinho reintroduzida, que entre novembro e dezembro de 2021 foi vista na praia do Bessa em comportamento de acasalamento, agora é mamãe. Durante monitoramento de campo, os técnicos do Projeto Viva o Peixe-Boi- Marinho e da APA da Barra do Rio Mamanguape/ ICMBio avistaram “Mel” com o seu filhote na praia do Poço, litoral de Cabedelo (PB). O filhote é um macho lindo e saudável, que está sempre ao lado de “Mel”, em fase de amamentação. Considerando que nas primeiras semanas os filhotes são mais vulneráveis, a equipe do Projeto encontra-se realizando o monitoramento dos animais diariamente. Este é o primeiro nascimento no estado da Paraíba de um filhote de peixe-boi-marinho proveniente de uma fêmea reintroduzida, sendo um dos principais indicadores de sucesso do Programa de Reintrodução da espécie no Brasil. O filhote ainda não tem nome e o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho está promovendo uma campanha em sua página do instagram @vivaopeixeboimarinho para que toda a sociedade possa participar da escolha do nome por meio de uma votação.

A partir de uma prévia seleção de nomes, estão disponíveis para votação na rede social do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho os seguintes nomes finalistas: “Favo” (uma referência ao nome de “Mel”, no caso “Favo de Mel”); “Rapadura” (nome de um doce nordestino feito da cana-de-açúcar); “Porã” (“bonito”, em tupi-guarani); e Irapuã (“Mel redondo ou cacho de abelhas”, em tupi-guarani). Para votar, basta acessar os stories do instagram @vivaopeixeboimarinho e clicar em um dos quatro nomes. A votação termina no dia 31 de março de 2023. O resultado será divulgado até o dia 10 de abril de 2023.

O nascimento do filhote de “Mel” é uma notícia muito animadora e que vem ratificar a importância de anos de pesquisa e trabalho pela conservação da espécie no país. O litoral da Paraíba é um dos poucos lugares no Brasil onde é possível avistar peixes bois marinhos em ambiente natural, tanto nativos quanto aqueles que foram reabilitados e posteriormente soltos. Os pesquisadores pedem atenção redobrada e colaboração da população para proteger “Mel” e seu filhote, sobretudo nesta época de férias de verão, quando a região recebe um número grande de turistas e aumenta a circulação de pessoas nas praias. Atenção para as orientações: Ao encontrar os peixes-bois-marinhos, apenas admire de longe; não toque, não alimente e nem forneça bebida aos animais. O melhor a fazer é manter distância, respeitando a área de uso dos animais, e apenas admirá-los de longe. Se perceber que um peixe-boi está em perigo, machucado ou encalhado, entre em contato com o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho pelos telefones: (83) 99961-1338/ (83) 99961- 1352 (whatsapp).
Aos condutores de embarcações motorizadas (barcos, lanchas, jet skis e afins), o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho alerta: Antes de acionar o motor, olhe ao redor e verifique se tem peixe-boi marinho próximo. A hélice em movimento pode machucar e matar o animal. Só ligue o motor se tiver certeza que o animal não está por perto; Se estiver navegando e avistar o animal nas proximidades, reduza a velocidade ou desligue o motor para evitar colisões e atropelamentos.
Sobre “Mel” - Foi encontrada encalhada ainda filhote na praia de Ponta Grossa, em Icapuí (CE), em 2004, sendo logo em seguida transferida para o Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, localizado na Ilha de Itamaracá (PE), onde permaneceu por cinco anos em processo de reabilitação. Em 2008, “Mel” foi transferida para o cativeiro de readaptação em ambiente natural localizado na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape (PB) e, em março de 2009, quando apta, foi solta do estuário da região, onde permaneceu por muitos anos. Em 2019, “Mel” se deslocou para o litoral de Cabedelo, e desde então está vivendo nesta região. Todos estes esforços ocorreram de maneira integrada mediante a colaboração do Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho/Fundação Mamíferos Aquáticos, APA da Barra do Rio Mamanguape/ICMBio, Arie Manguezais da Foz do Rio Mamanguape/ICMBio e o Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio.


O Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho – realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos em parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental – é uma estratégia de conservação e pesquisa para evitar a extinção da espécie no Nordeste do Brasil. Atua nas áreas de pesquisa, tecnologia de monitoramento via satélite, manejo, educação ambiental, desenvolvimento comunitário, fomento ao turismo eco pedagógico e políticas públicas. Conta com o apoio da APA da Barra do Rio Mamanguape/ICMBio, Arie Manguezais da Foz do Rio Mamanguape/ICMBio e do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Monitoramento Ambiental da Universidade Federal da Paraíba (PPGEMA - UFPB).

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